terça-feira, 29 de outubro de 2013

Minha síndrome de Rory Gilmore e panquecas americanas de banana

Talvez esteja errada, mas acho que as coisas que vivemos na adolescência são as que mais impactam nossa vida. E isso inclui coisas banais, como séries de tv.

Acho que porque estamos em uma fase tão tempestuosa, sem saber ao certo o que queremos fazer da vida, que tipo de pessoa queremos ser, que carreira escolheremos no vestibular, se seremos convidados para aquela festa de 15 anos, se aquele garoto vai responder o bilhete ou se a amiga vai continuar falando com você depois de – ops, sem querer – você ter contato aquele segredo über secreto dela.

“O ensino médio nunca acaba”, disse uma personagem de um filme. No fundo, no fundo, mesmo amadurecendo um pouco (os que tem sorte, pelo menos), aqueles conflitos de adolescente continuam nos perseguindo, mas agora agravados pelas diversas responsabilidades da vida adulta. Além de se preocupar se seremos convidados para aquele casamento, ainda precisamos nos virar para pagar as contas em dia. Um saco. Eu sei.

Se você nunca ouviu falar na Rory Gilmore, sinto lhe dizer que sua adolescência não foi muito bem aproveitada (isso só se aplica se você tem mais de 22 anos, ou gosta de séries “antigas”).
Gilmore Girls marcou minha adolescência por diversos motivos, entre eles, por ter uma protagonista diferente daquelas que estamos acostumados a ver por aí. Ela era inteligente, tímida, irônica, gostava de bandas (que na época eram) indies, conversava com a mãe e a melhor amiga usando citações de livros e filmes, gostava de comer junk food e, a melhor parte, amava ler e viajar. Além de ser filha da melhor mãe solteira do pedaço, morar em Stars Hollow e ter namorado o Dean e o Logan (odeio o Jess, por isso ele não conta! rs).




Um dia desses, fazendo algo totalmente normal, me lembrei da Rory e de um episódio em que ela vai ao baile da escola com o Dean e ele se assusta ao pegar a bolsa dela, que estava pesada, e ela responde que tem um livro lá dentro, e que não sai de casa sem um. Nesse dia em que a lembrança surgiu, eu estava sem nenhum livro na bolsa e me sentindo muito, muito mal, como se faltasse algo mega importante. É uma mania estranha, eu sei, mas, assim como a Rory, não consigo sair de casa sem um livro.

Acho que pra mim, saber que tenho um livro comigo me dá uma sensação de segurança... nunca se sabe quando o dia estará meio conturbado, chato ou triste e você precisará ler algumas páginas para ser transportada dali para uma realidade mais interessante. Ou quando aquele evento estiver recheado de conversas chatas, ou quando você estiver esperando alguém, ou quando tiver um tempinho extra na hora do almoço e puder ler algumas páginas. Pra mim, não tem nada melhor.

Além do amor pela leitura, a Rory e a Lorelai (sua mãe), viviam comendo no restaurante do Luke, e a receita de hoje foi inspirada nas panquecas que elas comiam por lá.
Essas foram as primeiras panquecas americanas que fiz e que realmente ficaram gordinhas. A massa é facílima e dá a quantidade exata de 3 panquequinhas, ou uma gigante. Você que escolhe. Se quiser trocar a banana por outra fruta, sinta-se à vontade.



O prato fica uma delícia e pode ser devorado a qualquer hora do dia, acompanhado de uma xícara de café/chá/suco de laranja e um bom livro, por que não?


Panquecas americanas de banana e noz pecã
Insipiradas no livro da Joy, the Baker
Rende 3 panquecas individuais ou 1 grande 


1/3 xícara de farinha de trigo
2 colheres de sopa de aveia
2 colheres de sopa de açúcar refinado
½ colher de chá de fermento em pó
1 pitada de sal
1 colher de sopa de canela em pó
5 colheres de sopa de óleo
1/2 xícara de leite
1/2 banana madura amassada
4 nozes pecã picadas



Cobertura:
½ banana fatiada e grelhada na frigideira antiaderente
Noz pecã a gosto
Mel, melado ou xarope de agave para molhar (usei o agave)

Preparo:
Misture todos os ingredientes secos em uma tigela e os líquidos (junto com a banana amassada) em outra. Com um fouet, incorpore os líquidos nos secos e misture bem, para ficar homogêneo.
Deixe a massa descançando por uns 5 minutos, aqueça uma frigideira antiaderente e unte-a com um fiozinho de óleo.
Despeje uma concha de massa e vire-a quando um lado já estiver tostato e bolinhas de ar surjam na superfície.
Grelhe do outro lado e reserve. Repita até a massa acabar.
Monte o prato e regue com a calda escolhida.
Sirva as panquecas ainda mornas.




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